terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fim de ano


Nada consta, neste final de ano. É tempo de festa, de descanso merecido. No próximo ano, tenho muitos planos para a literatura. Espero poder realizá-los.
Boas festas a todos!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Programação da semana acadêmica de Letras

A semana começa hoje, pelo menos no curso de Letras da PUCPR.
Abaixo a programação completa, para que possam conferir.


Semana Acadêmica “Trajetórias” comemora os 50 anos do curso de Letras da PUCPR
Evento acontece nesta quinta (26) e sexta-feira (27)

O Centro Acadêmico de Letras da PUCPR promove nesta quinta (26) e sexta-feira (27) a Semana Acadêmica “Trajetórias”, em homenagem aos 50 anos do curso.

Confira a programação:

Quinta-feira - 26/11

Local: Auditório Alceu A. Lima - CTCH (Amarelo)


18:45 - 19:45 Abertura

Banda Elletroíris.



19:10 - 20:30 Palestra de Abertura

Escritora Glória Kirinus.



20:30 - 20:50 Intervalo Cultural

Sorteio de brindes.



21:00 - 22:15 Oficinas:


Professora Deizi Link (PUCPR) - brincando com a língua(gem);




Professor Marcelo Franz (PUCPR) - Construção Literária do leitor;




Professora Ângela Gusso (PUCPR) - estratégias de leitura: em foco as escolhas lexicais;




Professora Sirlei Cavalli (PUCPR) - Semântica de verbos e as classes vendlerianas;




Professor Sérgio Fascina (FAE) - Mapas Mentais.
TCC: Elisangela (ex-aluna PUCPR) - Literatura.






Sexta-feira - 27/11

Local: Auditório Alceu A. Lima - CTCH (Amarelo)


18:30 - 19:00 Abertura Grupo Arte da Paz.



19:00 - 20:25 Mesa Redonda Literatura

Professora Marcella Guimarães (UFPR).

Professor Juarez Poleto (UTFPR).



20:35 - 20:45 Intervalo Cultural - Grupo de Teatro Tanahora: poesias de Adélia Prado. Com direção de Laercio Ruffa.





20:45 - 22:15 Palestra Professor José Borges Neto (UFPR).



22:15 Encerramento – Sorteios






Contato: caletrashelenakolody@gmail.com


Inscrições: diretamente no Centro Acadêmico de Letras (CALEK) ou no dia do evento. R$ 1,00 + 1 Livro novo ou usado.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Semana Acadêmica de Letras e Curso de Especialização

Nos dias 26 e 27 de novembro acontecerá a semana Acadêmica de Letras. Contamos com a presença de alunos, ex- alunos e pós- graduandos para o sucesso do evento. Fiquem atentos para o Varal Literário, que necessita de poemas para seu sucesso. Prestigiem a semana, que está sendo preparada com todo carinho!
Outra questão importante é o curso de Especialização em Língua Portuguesa e Literatura Infantil nas séries iniciais.
Depois de 4 anos, o curso será ofertado novamente. Fiquem atentos, pois ele é único na cidade e é voltado para profissionais que atuam nas séries iniciais.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Crônica de Roberto Gomes


Roberto Gomes é um autor com vasta obra, apesar de não ser conhecido e reconhecido como devia. Gosto de suas crônicas, que recomendo inclusive como material para enriquecer as aulas de Portugues (leia-se Literatura), em qualquer momento, mas principalmente quando se trata de jovens moradores de Curitiba, que se identificam(ou podem se identificar) com lugares e personagens, trazendo para perto de si as ricas narrativas deste autor.
Hoje, recebi de uma aluna um texto que será utilizado no estágio, com alunos da sétima série. Achei tão interessante que resolvi colocá-lo em meu blog, para dividir e divulgá-lo.
Aí vai...

Aula de redação
Roberto Gomes

Dia desses meu filho João Marcelo veio com jeito de quem acabou de pensar no assunto, colocou a mão no meu ombro e pediu:
_ Me ajuda a fazer uma redação?
Fiquei espantado. Primeiro, ele não é de pedir ajuda, cuidando de seus assuntos de escola com total independência – de resto, não admite que ninguém meta neles o nariz (o que inclui o meu nariz e o da mãe dele). Segundo, escreve com facilidade, por que estaria me fazendo aquele pedido? Terceiro, e pior de tudo, entrei em pânico com a perspectiva de “escrever uma redação”.
Sempre padeci de calafrios diante de professores de português. Lembro de um – o professor Salles, do Colégio D. Pedro II, em Blumenau -, que havia escrito um livro inteiro sobre as funções do pronome que, com o que nos assombrou ao longo de todo o segundo grau. A redação não me produzia tantos calafrios, mas era um sofrimento arranjar com o que preencher trinta linhas a respeito do “Fim de semana com meus pais” ou “A gota de orvalho”.
Por isso, sempre que posso saio em defesa dos pobres alunos de redação. Escrever, mesmo um bilhete para o vizinho, é uma tarefa solitária, que merece todo o respeito. Já os alunos são obrigados a escrever em público, em meio a uma multidão de carteiras, de olhos curiosos, risinhos de mofa, além do severo e vigilante olhar de águia do professor. É demais.
Depois, servem-se apenas de uma caneta e de uma folha de papel na qual devem depositar tantas linhas. Acho desumano. Eu, que já vou para o décimo segundo livro, escrevo no meu tugúrio, protegido por portas e campainhas, o telefone fora do gancho, armado com vários dicionários, diversas enciclopédias, o corretor ortográfico instalado no computador e, quanto tudo isso falha, saio pela casa ao encalço de minha mulher para fazer a ela, pela milésima vez, a pergunta humilhante, já errando na grafia:
_ Cosinha é com z ou com s?
Não consigo decidir. Há um trauma profundo que me impede fixar de uma vez por todas a grafia de certas palavras, além de algumas concordâncias. Pensei que eu fosse um caso único no planeta dos escritores, mas dia destes li uma crônica do Fernando Sabino confessando ser incapaz, entre outras coisas, de lembrar se pêsames é com z ou com s.
Quando não descubro nos livros a resposta para minhas dúvidas e minha mulher não está em casa, telefono para dois amigos que são craques nesta seara. O João Alfredo Dal’Bello, meu consultor para latim, alemão, italiano e gramatiquices em geral, e o Sírio Possenti, que alcanço lá em Campinas, de onde me salva de minhas asnices, não raro aconselhando que eu mande a gramática cachimbar formiga.
Além de dispor de todo este arsenal, só escrevo quando bem entendo e sobre o que bem entendo, dono absoluto de meu nariz e de meus delírios. Por isso morro de pena dos estudantes obrigados a fazer redação. Sem dicionários, enciclopédias, sem o Sírio Possenti e o João Alfredo, sem o corretor ortográfico do micro, engessados em vinte linhas que devem cobrir com letra legível – ó tormento dos tormentos! – e ideias originais a respeito de um assunto ao qual acabaram de ser apresentados! Pode tortura maior?
Por isso entrei em parafuso quando meu filho me fez o pedido fatal. E agora? E se a ação se passar na cosinha (ou cozinha) e, por alguma razão insondável, for necessário dar pêsames (ou pêzames) a alguém? Como vou explicar ao João Marcelo que, depois de doze livros, nem isso aprendi?
E como vou fazer uma introdução, um desenvolvimento, uma conclusão? Como vou ter certeza de que, num parágrafo, desenvolvi uma ideia completa? E o pronome que? E as regras da próclise e da ênclise? E a ordem direta e a clareza? E a crase, meu Deus, a crase!?
Estou há três dias sofrendo amargamente, rezando para que meu filho esqueça do pedido ou não precise mais de mim. Ontem ele me disse que, antes de começarmos a redação, iria telefonar para uma amiga (a Fernanda, a Bruna, a Manu, não sei). Acabou engatado ao telefone pelas duas horas seguintes, esqueceu de mim, graças a Deus. Hoje, resolveu fazer um hambúrguer, depois começaríamos. Fiquei aqui suando frio. Acabou dizendo que estava cansado, ia dormir. Respirei aliviado.
E amanhã? Que me espera? Além disso, acrescentei uma nova aflição a meus tormentos: o que pensará a professora de nossa redação? Posso vê-la com um imenso lápis vermelho em punho distribuindo bangornadas corretivas em minhas mal traçadas linhas. E, aflito, me imagino nos próximos dias a perguntar ao João Marcelo: que nota tiramos?
Pior ainda: e se a professora ler esta crônica? Acabo reprovado. Meu Deus, nada é mais assustador do que um professor de português! Ó, Senhor, tenha piedade dos escritores e dos pobres alunos obrigados a escrever redações!



BIBLIOGRAFIA:

GOMES, Roberto. Alma de bicho, “Aula de Redação”, Criar Edições, 2000.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sarau Literário

Aconteceu, no sábado passado, dia 7 de novembro, o terceiro sarau literário da PUCPR. Foi um sarau temático, gótico, pela proximidade que teve com o dia das bruxas. Foram lidos poemas de Edgar Alan Poe, de Lord Byron e um conto de nosso aluno, do sexto período de Português, Irley Thiago, que escreve textos muito bons.
Esperamos que em 2010 os saraus continuem a acontecer, mensalmente, com o apoio do Centro Acadêmico de Letras, e que a cada mês, mais e mais alunos compareçam. É uma oportunidade para que aqueles que gostam de Literatura, de ler e de escrevê-la, encontrem seus pares e possam conversar livrementecom eles.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Texto para Marcos Bagno

Os males de uma epidemia

Nas primeiras epidemias houveram várias mortes, pois a população afetada não tinham recursos. Poucos conseguiam se tratar à tempo, pois à centenas de anos o víruz da gripe causava um caus à longo prazo. Um dos exemplos eficaz, foi a tal gripe espanhola,que concerteza era transmitivel e como durante o ocorrimento da epidemia houveram muitos contatos, os doentes ploriferarão, pois as epidemias se manifestão e afetão todos, proibidos que são de ir à locais públicos.
Isso nos faz pensar se é nós, homens e mulheres, mesmo em tempos atrais, que passamos por esses difísseis momentos, e os outros, que viverão a epidemia que surgil na África e acabão não resistindo à ela, responsáveis pelas várias pessoas que obtiveram óbito, o principal e peor male , enquanto cuja milhares de vidas os desempenhou seu sagrado, militar, violento e desumano papel.
Os víruz, assim como o ser-humano, sofre mutação. A gripe espanhola, que matou o ex presidente Rodrigo Alves, é o ancestral da suína, esse novo víruz que causou preucupação, porque parecem não terem soluções. O certo é que esses males que o víruz faz, deve ser comunicado a população, porque cada doença tráz com sigo uma novidade.
Por exemplo, as doenças pandêmicas e endêmicas que os portugueses trouxeram ajudaram a colonizar a colônia e há quem diz que no futuro não existirá doenças.
Como já dizia Manuel Bandeira, a epidemia impede que as pessoas vivam a vida que poderia ter cido e não foi, assim como o mosquito tsé-tsé, que causa a insolência. Assim, a epidemia que é uma pedra no sapato da humanidade é causa da morte de várias pessoas, que morreram e não tiveram a sorte de sobreviver.
Quem está familharizado, sabe que o víruz desabroxou, inusitavelmente, por falta de egiene embora as calsas continuem desconheçidas. O mundo passou por momentos de turbulência a qual a sociedade estava vivendo, dias em que pessoas com humidade baixa tiveram seu organizmo vulnerável à uma epidemia. Podemos secuidar comforme a igiene, pois o víruz é facil mente de pegar em mulheres. Em países subdesenvolvidos, cujo as medidas são poucas, há, inusitavelmente, a morte, e praticamente todas às pessoas acabão se envolvendo.
Já dizia São Tomás de Equino: existem doenças que infelizmente não matam só os pobres, como há atual, a influenza A, onde o víruz infecta o porco, cuja gripe teve início no Kansas.
Como temos facil acesso à meios de transporte, essa gripe supera à todas outras, com muitas pessoas enternadas e a população estão fazendo papel de cobaia e vice-verça.
Cuidado! Temos que ficar atentos à esses males, pois estamos sujeitos à qualquer momento, a cosçar o nariz e pegar a gripe,que está destroindo a vidas das pessoas, que não podem ir à lugares públicos, nem à encontros de negócios, cancelam viagens à passeio, pois nenhum ser-humano está privado de ser infeccionado pela alguma doença.
A epidemia nos anos passados matavam muito, mas hoje, o combate à um novo mau exige estudo e se seu sistema himunológico não estiver bom, você pode ir à óbito e ser uma das muitas pessoas que morreram e não tiveram a sorte de sobreviver!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pérolas

O vestibular está aí e, com ele, muitas pérolas...Não sei se rio ou choro....

Citando Bandeira: a vida inteira que poderia ter cido e não foi... Ai!!!!!!!
O mosquito tsé-tsé é o causador da insolência.....
Segundo São Tomás de Equino....
O sistema himunológico está fraco... o víruz...inusitavelmente...está familharizado...as pessoas com humidade baixa...desabroxou.....(Xuxa?)
várias pessoas morreram e não tiveram a sorte de sobreviver....
a egiene conheçida ....
a taxa de imortalidade é alta....
várias pessoas obtiveram o óbito...
ficando totalmente inofencivos à droga
difísseis, concerteza, derepente é transmitivel
e a que surgil na África ploriferalam
durante o ocorrimento da doença
vivemos o caus causado pela epidemia
o principal e pior male é a morte
podemos secuidar conforme a igiene ( é grudado mesmo- esse sabe tudo!!!!!!!!!!!!!!!)
E para terminar com chave de ouro: Existem doenças que infelizmente não atacam somente os pobres.

Dá para acreditar? Saudade de outros tempos....
Oh, última flor do Lácio...
tão bela....

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Círculo de leitura

Nos dias 13, 14, 15 e 16 tive o prazer de participar, em Faxinal do Céu, de um novo projeto desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação: o Círculo de Leituras.
Voltado para o público de neoleitores, o Círculo tem por finalidade desenvolver as habilidades leitoras dessas pessoas maravilhosas, que optaram por uma nova forma de ver o mundo: a leitua.
Em Faxinal, fiz parte do grupo de docentes encarregados de ajudar àqueles que se interessam em desenvolver o projeto, com embasamento teórico e ideias para atividades com os grupos.
Foi uma experiência muito rica, em que me lembrei de Guimarães Rosa: Mestre é aquele que, de repente, aprende.." Aprendi tanto..Eram pessoas de vinte e dois municípios diferentes, com experiências de vida riquíssimas, que me fizeram olhar para outros horizontes. Delícia trabalhar com que se gosta...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Resultados do Concurso de contos Marina Colasanti

No dia 2 de outubro, na PUCPR, foram divulgados os ganhadores do concurso de contos Marina Colasanti. Para surpresa geral, os dois primeiros lugares couberam à mesma pessoa: Odair Rodrigues dos Santos Júnior, pelos contos "Não pronunciarei teu nome em vão"(1º lugar) e "Kupküia", 2º lugar. A surpresa diz respeito apenas ao inusitado de uma mesma pessoa ganhar os dois primeiros prêmios, mas a qualidade dos textos de Odair justifica o fato. É ler para crer.
O terceiro lugar ficou com Nilce Aparecida Pererira da Silva, com o excelente conto "Lázaro e Madalena". A qualidade dos textos era boa, o que valoriza ainda mais o feito dos dois alunos da PUCPR.
Participaram da comissão julgadora eu, Catia Toledo M. e o professor Cássio Buseto.
Esperamos, no próximo ano, repetir a dose....

domingo, 4 de outubro de 2009

Fórum de Letras

O X Fórum de Letras, da PUCPR, foi um sucesso! Quase 300 pessoas compartilharam palestras, mesas redondas e comunicações, em três dias muito profícuos.
Congratulações especiais à Profª Cristina Fuchs, diretora dos cursos de Letras, que não só apoiou todas as iniciativas como contribuiu para que o Fórum fosse um sucesso. À amiga Nilma Almeida, o meu reconhecimento e carinho....

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Fórum de Letras na PUCPR

Nos dias 30 de setembro, 1 e 2 de outubro, acontecerá, na PUCPR, o VII Fórum de letras. Este ano, contaremos com a presença de Sírio Possenti, da UNICAMP, Marilene Weinhartd, da UFPR dentre os vários professores da própria PUCPR, que preparam palestras para o público. Haverá espaço para apresentação de comunicações e lançamentos de livros. Confiram a programação abaixo:
Programação prevista para o Fórum de Letras, da PUCPR

Dias: 30 de setembro, 1 e 2 de outubro.
Local: Auditório Henry Newman (30/09 e 02/10) e Thomas Morus (01/10)

Dia 30/09
19:00- Palestra de Abertura- Miguel Sanches Neto
20:15- Momento cultural
20:30- mesa redonda: A literatura e suas relações:Marilene Weinhart(Literatura e História)(UFPR)Marcelo Franz(Literatura e memória) e José Carlos (Literatura e jornalismo).Nilma Almeida (mediadora)

Dia 01/10
18:00- Lançamento de livro- Daniel Osiec
Comunicações
19:00- Palestra: Egídio Romanelli (A neurolinguística)
20:30- Momento cultural
21:00- Palestra :Prof. Sírio Possenti .Noite de autógrafos: Luiz Andriolli.

Dia 02/10
18:00- Comunicações
19:00 Mesa redonda: A aquisição de linguagem em situações especiais- Rossana Finau (UFTPR), Deisi Link (PUCPR) , Ângela Gusso(PUCPR)(mediadora)
20:30- Momento cultural
21:00- Mesa redonda: Literatura infantil e juvenil: Geraldo Peçanha de Almeida(Pro-infante) e Catia Toledo (PUCPR)
22:15- entrega de prêmios do Concurso de Contos Marina Colasanti
Encerramento.

Mostra paralela: A arte no Paraná
Espaços temáticos:
Língua estrangeira
Lingüistas na PUCPR
Literatura

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Carlos heitor Cony em Curitiba.


Aconteceu, hoje, no Teatro Paiol, mais um Paiol Literário,contando com a presença do escritor Carlos Heitor Cony. Apesar da gripe suína, o teatro estava cheio, mostrando o grande interesse que este escritor desperta na população de Curitiba. Dentre os presentes, o escritor Cristovão Tezza prestigiava o amigo e a professora Raquel Bueno, que defendeu tese sobre a obra de Cony.
Também hoje foi gravado o programa "Aqui entre nós", com Cony, e que irá ao ar na próxima quarta-feira, na TV Educativa, às 22:40h. É ver para conferir !

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Curso na UFPR

Recebi, da UFPR, informações sobre um curso que parece ser interessante. Repasso :

A CRÔNICA NA SALA DE AULA

Período de inscrição: até 14/08/2009
Valor: R$50,00
Datas de realização do curso: 15, 22 e 29/08 e 12/09/2009
Horário: das 8h às 12h
Local: Reitoria da UFPR – sala a ser divulgada
Número de vagas: 40

As inscrições devem ser feitas no NAP – Reitoria da UFPR, Ed. Dom Pedro I, sala 721 (7º andar) – às quintas-feiras das 9h às 16h30min, às sextas-feiras das 13h às 17h30min e aos sábados das 8h30min às 12h.

Informações: 3360-5211 ou nap@ufpr.br

domingo, 2 de agosto de 2009

Outro evento de Literatura Infantil e Juvenil

Estão abertas as incrições para o 4º. SLIJSC (Seminário de Literatura Infantil e Juvenil de Santa Catarina),que acontecerá na UNISUL, em Palhoça, Santa Catarina.
Para maiores informações, acessem o site de endereço http://www.unisul.br/hotsites/seminario-literatura-infantil.html .
O prazo para inscrições com apresentação de trabalhos se encerra dia 10 de agosto.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Prorrogação do prazo para inscrição no concurso de contos

Em função da suspensão das aulas, vamos prorrogar o prazo das inscrições para o concurso de contos Marina Colasanti, que se encerrariam no hoje, dia 30. Ficam prorrogadas até o dia 15 de agosto. Conto com os textos de vocês!

Semana Pedagógica da SEED

Esta semana, nos dias 28 e 29 de julho, tive o prazer de participar de um evento, promovido pela Secretaria Estadual de Educação: a capacitação de professores para as salas de apoio. O evento envolveu cerca de 500 professores, que receberam orientações de profissionais variados, todos ligados à Educação. Dentre nós, estavam as professoras Glória Kirinus, Clarice Loterman, Tereza Cristina , Ângela Gusso e Cléo Busato, nossa contadora de história, também mestre em Literatura, que faz um trabalho incrível em Curitiba.
Foi muito bom perceber o interesse das professoras pela Literatura infantil e poder falar um pouco sobre a importância da leitura literária para a formação dos leitores.
A cada dia me convenço mais de que este é o caminho. Espero que outros eventos aconteçam!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sugestões de leitura/ Sarau literário


O COLE acabou. Estou de volta, mas trouxe na bagagem, além de um peso incrível em livros adquiridos, várias sugestões feitas por Elizabeth D'Angelo, da FNLIJ e por Marisa Lajolo. Em breve passarei as informações, tanto em sala de aula quanto no blog, para que todos possam aproveitá-las.

Quero lembrar que ao final de cada mês teremos um SARAU LITERÁRIO na PUCPR. No último, poucos amantes da literatura compareceram. No próximo, espero contar com maior número de nós. Os saraus acontecem sempre aos sábados, a partir das 14:30, na cantina do CCJS. Falta definir a data, mas deve ser no dia 29/08 ou no dia 5/09. Fiquem atentos...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Apresentação no COLE

Hoje à tarde apresentei uma comunicação no COLE, falando sobre a obra de Marina Colasanti- só para variar... Estava em minha sala também a profªClarice Loterman, que apresentou uma comunicação sobre a obra de Lygia Bojunga. Foi muito interessante. Vale sempre a pena participar desses eventos!

Novo concurso literário!

O prêmio “Cidade de Belo Horizonte” este ano contempla três categorias:Ensaio, Poesia – Autor Estreante, Dramaturgia, e o prêmio “João-de-Barro” édestinado à literatura infantil. As inscrições estão abertas e podem serfeitas até o dia 07 de agosto. Os regulamentos e fichas de inscrição dos prêmios, que estão entre os mais importantes e tradicionais do país, podem ser encontrados no site www.pbh.gov.br/cultura.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

COLE

Estou em Campinas, para participar do 17º COLE. Hoje falaram Bartolomeu Campos Queirós e Afonso Romano de San'tanna. Amanhã tem mais.Vou apresentar uma comunicação sobre o livro "Minha tia me contou", de Marina Colasanti. É bom estar aqui, no meio de tnta gente que respira este mesmo ar, apesar da influenza....

terça-feira, 9 de junho de 2009

Concurso de contos

Estão abertas as inscrições para o Concurso de contos Marina Colasanti, na PUCPR. Abaixo , o edital.
EDITAL PARA O CONCURSO DE CONTOS MARINA COLASANTI


Estão abertas, a partir do dia 1 de junho de 2009, as inscrições para o Concurso de Contos Marina Colasanti, uma promoção do Núcleo de Estudos da Leitura, da PUCPR.
Sobre os autores: As inscrições estão abertas ao público em geral.
Sobre os textos: Não há limites de páginas. Os textos devem ser escritos em fonte arial 12, espaço 1,5. Devem ser inéditos. Cada autor poderá inscrever até 2 (dois) textos. As cópias impressas serão assinadas com pseudônimo e junto à cópia eletrônica deve vir o currículo do autor, com endereço eletrônico e telefone, para posterior contato.
Sobre o prazo: as inscrições encerram-se dia 30 de julho de 2009.
Sobre as inscrições: Os textos devem ser enviados ao Núcleo de Estudos da Leitura, no CTCH, na PUCPR, Campus Prado Velho (Rua Imaculada Conceição, 1155, CEP 80.215- 901), em 3 (três) vias: 2 impressas e uma em CD. Solicita-se o envio de um livro de literatura infanto-juvenil, novo, como parte do processo de inscrição, junto com os textos.
Sobre a premiação e os resultados: Os três primeiros colocados terão suas obras publicadas na página do Núcleo de Estudos da Leitura, receberão um diploma conferindo a premiação e uma obra de Marina Colasanti. O primeiro colocado receberá uma obra autografada por Marina Colasanti. Os resultados serão divulgados no dia 1 de setembro de 2009, no site da PUC. A entrega dos prêmios acontecerá num dos auditórios da PUCPR, em data a ser divulgada.


Curitiba, 1 de junho de 2009.
Profª Drª Cátia Toledo Mendonça
Coordenadora do Núcleo de Estudos da Leitura

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Matéria que saiu no jornal "Gazeta do Povo", em 20/05/2009

Menino, desliga a televisão e vá ler alguma coisa!” Em muitas casas esta cena é recorrente. Pois saiba que ela poderia ser evitada se os próprios pais dessem o exemplo e começassem a ler na frente de seus filhos, para mostrar a eles o quão interessante é o mundo das letras. “Ao ver os pais debruçados sobre os livros, a criança fica com a curiosidade aguçada. O exemplo dos familiares que convivem com ela é fundamental para que queira se tornar uma leitora”, diz a doutora em Literatura Juvenil e professora do curso de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Cátia Toledo Mendonça.
E a participação dos pais começa muito antes de a criança conhecer os significados que as letras tomam quando agrupadas em palavras e frases. Já no útero materno, os bebês são estimulados pelo som da voz da mãe, com o movimento dela em relação ao feto na sua barriga. “Isso ajuda a acalmar a criança e a acostumá-la com a voz humana e com o ritmo da fala”, conta a doutora em Literatura e professora do curso de pós-graduação em Literatura da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Marta Morais da Costa.


A Bisbilhoteca, em Curitiba, oferece a pais e crianças espaços especiais para a leitura e contações de histórias nos fins de semana.
Isabela, de 8 anos, já teve dois textos premiados em edições do Palavrinha Viva, concurso de produção de textos das Escolas Positivo.
Cristina (à esq.), Vera, Vera Lúcia e Regina: grupo de leitura se reúne a cada 15 dias para debater clássicos da literatura mundial.
Um cantinho alternativo
Não apenas espaços públicos incentivam a leitura. Em Curitiba a livraria Bisbilhoteca Cultura Infanto-juvenil tem um conceito diferente das lojas de livros tradicionais. “Aqui nós realizamos sessões para contar histórias às crianças, temos colônia de férias com literatura e teatro e oficinas relacionando livros à história ou à arte”, conta a proprietária Cláudia Serathiuk.
Para participar das sessões de contação de histórias, é preciso pagar R$ 5, valor revertido em bônus para gastar na loja. “Temos clientes que participam de tantas sessões que acabam comprando livros sem precisar pagar nada a mais”, diz Cláudia. Na Bisbilhoteca, os clientes têm ambientes com sofás para lerem as obras dos mais variados gêneros e estilos. “Temos livros de culinária, literatura, de línguas, biografias, em alto relevo, tudo voltado para o público de zero a 12 anos.”
Cláudia, que diz ser apaixonada pela leitura e mãe de duas crianças, dá várias dicas aos clientes. “Acredito que o maior incentivo à leitura é a paixão que um adulto demonstra por essa atividade. Se a criança percebe que a leitura pode ser um ótimo lazer e que está associada ao prazer, à diversão, ela será uma ótima leitora! Desde a infância, a leitura compartilhada entre pais e filhos estreita os laços entre eles.”
Serviço: Bisbilhoteca – Rua Carlos de Carvalho, 1.166. Tel.: (41) 3223-3038.
Como o hábito de ler pode virar em prazer de ler
Condições físicas – Esteja com o sono em dia, descansado e com boa visão (óculos e lentes de contato bem limpos e no grau certo).
Prepare o ambiente – Observe a iluminação e a posição do corpo. Um abajur focado na página e sentar com a postura ereta vão lhe garantir mais tempo lendo. Exercite sua capacidade de concentração – Qualquer coisa pode distrair quem não tem o hábito de ler. Então, nada de comer, beber ou ouvir música durante a leitura. Aprenda a se concentrar.
Comece e termine – Leia somente uma coisa de cada vez. A sensação de começar e terminar de ler lhe dará motivação para virar um leitor.
Tenha um leque – Descubra as várias opções de leitura. Escolha entre um livro, jornal ou revista.
Descubra um tema – Escolha um assunto que lhe seja agradável ou que você tenha muita curiosidade em saber.
Crie um ritual – Por um tempo escolha horário, frequência e local fixos.
Determine metas de leitura – Antes de iniciar, determine o mínimo de tempo ou páginas que se deseja ler.
Fonte: Édna Faust, da Amigos da Biblioteca.
Histórias e encenações
Para quem tem interesse em frequentar locais que oferecem atividades e livros para crianças e adultos, a Fundação Cultural de Curitiba oferta alguns programas. Um deles é a Casa da Leitura, com duas sedes na cidade, uma no Parque Barigui e outra no Parque São Lourenço. “Aqui nós só temos livros de literatura que seguem critérios de qualidade, escolhidos por uma comissão de acervo”, conta a responsável pela Casa da Leitura Augusto Stresser, Cristina Herrera. Há também sessões de contação gratuita de histórias, aos domingos. Além disso, as duas casas emprestam os livros e cadeiras para serem usadas durante a leitura nos parques.
Há ainda o Programa de Incentivo à Leitura, que leva às escolas municipais de Curitiba no contraturno escolar o Programa Interleituras. São estudantes de Artes Cênicas, Letras e Artes Visuais que levam a essas crianças encenações de livros clássicos da literatura infanto-juvenil. “Sentimos que fica um grande interesse das crianças em conhecer a obra mais a fundo”, diz a responsável pelo Programa de Incentivo à Leitura da Coordenação de Literatura da Fundação Cultural de Curitiba, Mariane Filipak Torres.
Serviço:
Casa da Leitura Augustro Stresser – Rua Mateus Leme, 4.700, Parque São Lourenço. Tel.: (41) 3254-6802. Horário: segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30 e das 13h30 às 17h30. Domingos, das 10h às 17h30. Casa da Leitura Manoel Carlos Karam – Rua Batista Ganz, Parque Barigui. Tel.: (41) 3240-1101. Horário: segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 13h30 às 17h30. Domingos, das 10 às 17 horas.
Indicações
A Gazeta do Povo pediu a especialistas em Literatura e educação infantil que apontassem nomes de livros para leitores de diversas idades e fases. Confira a lista:
CRIANÇAS
0 a 3 anos • 1, 2, 3, mais uma vez!, de Julie Clough. • Cocô no trono, de Benoit Charlat. • De que cor você é?, de Corinne Albault e Virginie Guérin. • Esconde-esconde na escola, de Claudia Bielinski.
4 a 7 anos • Porcolino e papai, de Stephen Michael King e Margaret Wild. • Ler é uma gostosura!, de Todd Parr. • Uma história atrapalhada, de Gianni Rodari e Silvana Cobucci. • O que você está fazendo, Marcos?, de Marie-Louise Gay. • Eu tenho um pequeno problema, disse o urso, de Janisch Heinz e Silke Leffler. • Bibi vai a sua cama, de Alejandro Rosas. • Palavras, muitas palavras, de Ruth Rocha. • Grande ou pequena?, de Beatriz Meirelles.
0 a 9 anos • Histórias, quadrinhas e canções com bichos, de Heloísa Jahn. • Noites encantadas, de Dharmachari Nagaraja. • Conte uma história, de Celia Ruiz Ibanez. • Livro de histórias, de George Adams e Peter Utton. • Contos de Grimm, de Wilhelm e Jacob Grimm. • O menino maluquinho, de Ziraldo. • A operação do tio Onofre, de Tatiana Belinky.
9 a 12 anos • Sonhos fantásticos, de Colin Thompson. • Os meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnar. • A bolsa amarela, de Lygia Bojunga. • O vento nos salgueiros, de Kenneth Grahame. • A estranha madame Mizu, de Thierry Lenain. • A ilha perdida, de Maria José Dupré. • O rapto do garoto de ouro, de Marcos Rey. • A droga da obediência, de Pedro Bandeira.
JOVENS E ADULTOS
Iniciantes – É uma literatura mais leve, que fala de histórias fantásticas que atraem o leitor iniciante:
• Seda, de Alessandro Baricco. • A dançarina de Izu, de Yasunari Kawabata. • A pista de gelo, de Roberto Bolaño. • Contos Orientais, de Marguerite Yourcenar. • Relato de um certo Oriente, de Miltom Hatoum.
Intermediários – Para o leitor que já tem o hábito da leitura: • Nove noites, de Bernardo Carvalho. • A feiticeira de Florença, de Salman Rushdie. • A casa do sono, de Jonathan Coe. • O mestre, de Cólm Tóibin. • Homem Comum, de Philip Roth.
Mais experientes – Livros com linguagem mais complexa. Exige uma leitura prévia. • Rituais, de Cees Nooteboom. • Kafka à beira-mar, de Haruki Murakami. • Divisadero, de Michael Ondaatje. • Três Cantos Fúnebres para o Kosovo, de Ismail Kadaré. • Verão em Baden Baden, de Leonid Tsipkin.
Fontes: Livros infantis: Cláudia Serathiuk, da Bisbilhoteca – Cultura Infanto-Juvenil e Raquel Momm, do Sinepe/PR. Livros para jovens e adultos: Benedito Costa Neto, professor da disciplina de Estudos Literários do Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba).
Essa é uma das provas de como é importante contar histórias aos filhos. Ao ouvir poemas, narrações, contos, as crianças precisam usar a imaginação para criar mentalmente o universo em que esses fatos narrados acontecem. Além disso, é dessa maneira que elas criam identidade com a família da qual fazem parte. “A história de um avô, de um acontecimento daquele dia, de como os pais se conheceram, tudo isso faz com que a criança aprenda a entender o mundo e a fazer parte dele”, diz a professora Marta, que também é especialista em literatura Infanto-juvenil. “Contar histórias é a porta de entrada para o mundo dos livros. Sempre dá recursos para a criança e facilita que ela desenvolva o interesse pela leitura.”
A importância da participação da família no estímulo à leitura ocorre também pelo fato de ela ser o primeiro grupo social do qual uma pessoa faz parte. “Ali ela recebe as primeiras informações sobre leitura. É olhando pais e irmãos mais velhos que uma criança tem a primeira impressão da leitura como algo obrigatório e chato ou divertido e prazeroso. Um jovem casal que tem o hábito de ler diariamente na frente de seu filho consequentemente fará dele um grande leitor porque ele tentará imitar os pais desde pequeno”, ressalta a diretora de ensino de educação infantil do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe/PR), Raquel Momm Maciel de Camargo.
Mas apenas os “causos” do cotidiano não são suficientes. É preciso contar histórias literárias, sejam elas grandes clássicos ou não. O importante é fazer com que os pequenos aprendam a viajar sem tirar os pés do chão. “A criança que é alimentada com histórias estimula a imaginação e desenvolve o prazer de viver aquelas histórias. A partir do momento que assimila esse prazer ao livro, mais tarde, por conta própria, ela vai buscá-lo sem que o adulto precise mandá-la”, afirma a professora Cátia. “Uma história contada em um filme é muito diferente do que foi imaginado na hora da leitura”, diz a diretora do Sinepe/PR.
“Ratinho de biblioteca”
O exemplo dos pais foi tão forte na vida de Giordana Vieira Zanetti Silva, que a menina, de apenas 10 anos, além de ser uma leitora voraz, tornou-se uma espécie de crítica literária mirim. “A Giordana tem um coleguinha na escola, cujos pais são diretores de uma editora. Sempre que um livro infantil vai ser lançado no mercado, eles convidam algumas crianças para lê-los e dizerem o que acharam do texto e das ilustrações”, conta o pai da garota, o médico Jordan Zanetti Silva. “Ela adora participar desse processo. Quando o convite chega, ela coloca na porta da geladeira e marca no calendário para que a gente não esqueça de levá-la. Já se sente uma crítica literária”, brinca o pai, que demonstra ter muito orgulho da filha.
O gosto pela leitura começou muito cedo. Tanto Jordan quanto Marli, mãe da menina, sempre leram juntos na frente de Giordana. Eles até instituíram um horário em que a televisão é desligada, para que todos possam ler tranquilos e unidos. “Desde pequena nós líamos as nossas coisas, e a Giordana, as dela. Assim que ela aprendeu a ler, começamos a frequentar bibliotecas da cidade. Já na primeira série da escola, ela ganhou o apelido de ‘ratinho de biblioteca’, dado pelas bibliotecárias do Colégio Bom Jesus”, diz Jordan. Ela chega a pegar dois livros por semana e é a aluna que mais faz empréstimos de obras na escola.
“Eu gosto mesmo muito de ler. Meus livros preferidos são o da coleção Salve-se quem puder, que mostram aventuras e buscas a objetos perdidos. Mas também leio jornais, para discutir com o meu pai quando ele chega em casa. E tudo isso começou porque minha mãe sempre me contou histórias para dormir”, conta Giordana, que se tornou um exemplo para seus colegas de classe. “Ela sempre tira notas boas, e as professoras gostam muito disso, não é mesmo? Mas seus amigos também. Ela é muito admirada”, conta o pai.
Contato com o livro deve começar na infância
Na fase da pré-alfabetização, em que muitas crianças nem foram à escola, é importante que os pais mostrem o livro, permitam que a criança brinque com ele e, é claro, sempre ensinem o respeito por aquela obra e não permitam que ela seja rasgada. Desenhar no livro é permitido. “É preciso que a criança ganhe intimidade com o objeto livro assim como ela tem com a bola, com a boneca ou com o carrinho”, diz Marta. E essa intimidade pode render algumas surpresas aos pais. “Temos crianças que aprenderam a ler aos 3 ou 4 anos porque foram construindo hipóteses de leitura e logo se alfabetizaram.”
Para que o trabalho de incentivo dos pais não seja perdido, a escola precisa ter professores capazes de indicar leituras que, ao mesmo tempo em que dão prazer, sejam instigantes para prender a atenção e para estimular o desenvolvimento crítico dos alunos. E mais uma vez, a família precisa valorizar essa leitura. “É necessário que os pais leiam o que os filhos leem para poderem debater assuntos da realidade deles”, afirma a professora Cátia, que pede que os pais vão ainda mais longe nesse momento. “A escola tem uma coisa muito ruim que é a cobrança. Um contraponto muito importante dos pais nesse sentido é o de oferecer uma leitura descompromissada. Sem que a criança precise ler a fim de fazer uma prova com data marcada.”
E o papel da escola nessa fase é mais científico, ou seja, é mostrar às crianças que existem diferentes formas textuais que coexistem com os livros narrativos, como manuais, textos informativos, de receitas, de diversão. “A escola não vai trabalhar apenas a leitura voltada para o prazer. Ela vai mostrar que tanto leitura quanto escrita têm diferentes funções sociais”, explica Raquel.
Adolescência
Mas, com o crescimento e amadurecimento infantil, todo esse trabalho que pais e escola tiveram durante a infância para cativar o leitor pode ser perdido se o adolescente não receber atenção especial. O problema está no fato de nessa faixa etária surgirem diversas distrações para a criança, como esportes, computadores, celulares, grupos de amigos que não têm o mesmo hábito e namoros, por exemplo. “O adolescente é mais autônomo, independente e faz escolhas que fogem do controle dos pais”, afirma a professora da UFPR Marta Morais da Costa.
Conquistar esse jovem não é fácil. Se ele, quando criança, tinha o hábito de ler, a tarefa torna-se um pouco mais simples, mesmo assim é muito difícil concorrer com as tecnologias atuais. “Para conquistar o leitor, vale de tudo. Não importa a mídia, se é eletrônica ou em papel. Temos que atrair esse adolescente para aquilo que ele gosta”, diz Marta. Segundo ela, o primeiro passo é escolher temas do cotidiano dele, como esportes ou jogos eletrônicos, por exemplo. O segundo, é utilizar a mídia com a qual ele mais se identifica, podendo ser até o celular. A partir disso, pode-se escolher o texto que vai atrai-lo. “Só depois de tê-lo ‘fisgado’ é que vamos passar aos poucos para leituras mais profundas, porque, afinal de contas, não podemos dar a ele somente aquilo que achamos que ele possa querer.”
Best sellers podem atrair o leitor
Muito criticados pelos estudiosos da Literatura, livros como as séries de Harry Potter ou Crepúsculo (a nova sensação entre os jovens e até entre adultos) são uma ótima porta de entrada da leitura para os jovens. “Fiz uma pesquisa com meus alunos de Letras. Aqueles que começaram lendo a Série Vagalume passaram mais tarde a outras obras mais profundas. Todos estavam no curso de Letras, o que significa que hoje leem Machado de Assis, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. Eu acredito no processo de formação do leitor que tem a ver com leituras agradáveis e que, aos poucos, levam o próprio leitor a querer algo mais consistente”, afirma a professora Cátia, cuja tese de doutorado aborda a Série Vagalume, muito popular entre os adolescentes das décadas de 1980 e 1990.
Se com relação ao estímulo à leitura na infância o papel dos pais é mais relevante, na adolescência o professor tem papel fundamental para desenvolver este hábito. Principalmente quando ela é obrigatória para, por exemplo, ingressar na universidade. “A gente vira um contador de histórias ali na frente”, afirma o professor de Literatura do Curso Positivo Braz Ogleari. “Eu faço um resumo da história, do enredo. É como se fosse um trailer de cinema, que as pessoas assistem e depois querem ver o filme. Eu faço o mesmo com as obras literárias. Eu apresento as partes mais importantes para eles com suspense e dramaticidade. Também reforço a sensualidade dos personagens. Eles ficam curiosos e acabam lendo as obras pela própria vontade.”
A união que transforma
Não é fácil dar o exemplo para os filhos se os pais não costumam ler. Nesse caso, o primeiro passo é comprar jornais, revistas, gibis ou livros e colocar a mão na massa. O que importa é ler algo que lhe interesse, que o ajude no ambiente de trabalho ou que, simplesmente, lhe dê prazer. “Tem gente que tem vergonha de dizer que lê romances como Sabrina ou Julia. Eu sempre digo que é muito melhor ler essas obras do que assistir a programas dominicais de tevê”, diz a professora do curso de Letras PUCPR Cátia Toledo Mendonça. “O que vale é começar. Pode ser aos poucos, mas que seu filho perceba que isso é um hábito.”
Uma boa forma de tentar criar o hábito é participar de grupos de leitura em que os participantes estimulam uns aos outros. Os iniciantes podem ler um livro por mês. Já os mais adiantados conseguem ler um livro a cada quinzena ou até a cada semana. É o caso do grupo de leitura criado pela professora Marta Morais da Costa. “Montamos esse grupo há 10 anos na PUCPR. Depois disso desliguei-me da universidade e me afastei do grupo, mas as reuniões continuam”, conta a professora. A diferença é que elas agora acontecem nas casas dos membros e a cada 15 dias, em vez de semanalmente. “Lemos o livro antes de nos reunirmos e debatemos o estilo, o autor, o enredo e os personagens”, diz a chef de cuisine Regina Leitão. “Sempre gostei de ler e com o grupo li obras de literatura latino-americana que eu não imaginava serem tão boas.”
Divisão de responsabilidades
As escolas também podem adotar caminhos que vão além do currículo para estimular a leitura, sem que isso seja algo obrigatório ou que valha nota. Um exemplo é o Programa Palavra Viva, das Escolas Positivo, em Curitiba. Todos os alunos, desde a primeira série do ensino fundamental até o segundo do ensino médio, podem participar inscrevendo textos de qualquer gênero e de autoria própria. “Para que o aluno se sinta motivado a escrever, o professor traz outros textos além dos já recomendados em sala de aula. São poemas, crônicas, contos e notícias. Para poder escrever, eles acabam se dedicando muito à leitura”, diz a coordenadora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental das Escolas Positivo, Ana Maria Miranda. Os textos premiados são publicados em livro editado todos os anos.
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sábado, 21 de março de 2009

Sarau Literário

Neste sábado, 21 de março, aconteceu, na PUCPR, o primeiro Sarau Literário, promovido pelo CALEK e pelo Núcleo de Estudos da Leitura. Foi muito bom. Compareceram alunos de todos os períodos, interessados em falar sobre literatura. Este foi só o primeiro. Em breve haverá outros.